a força da grana, a força do povo e a mão pesada do império

A vitória do Syriza no dia 25 próximo (domingo) poderá iniciar uma grande reviravolta política na Europa. É esperar e ver os próximos capítulos.

Por Fernando Lobato_Historiador

    O veto de Dilma à correção da tabela do Leao em 6,5% e o aperto geral no cinto da classe trabalhadora demonstra que, por aqui, a força da grana é bem mais forte que a força do povo, de modo que o esforço arrecadatório que o governo adota em 2015 visa muito mais a manutenção do bolsa banqueiro  (pagamento da dívida pública) do que propriamente o Bolsa Família.

Sem o Bolsa Banqueiro, nosso estado colônia fica por demais vulnerável à venalidade e poder corrosivo dos de cima e, já que a eleição foi ganha e o 2º mandato está só no começo, diz a lógica de governalidade do PT, que é hora de fazer  carinho  na mão que lhe sustenta de verdade, visto que eleição é apenas um ritual que a etiqueta recomenda numa época em que a democracia – quase sempre de forma hipócrita- é cantada em prosa e verso.

Na Grécia da semana que vem, se confirmada a vitória nas urnas do Syriza (o PSOL de lá), veremos a força do povo falando mais alto que a força da grana, visto que, eleição após eleição, consolida-se a derrocada e o completo descrédito dos partidos de aluguel de lá (a serviço de banqueiros alemães e franceses). Depois de anos a fio sendo esmagados pela tirania financeira que governa a ferro e fogo, os gregos parecem ter se convencido da necessidade de se rebelar contra o centro imperial do continente.

      A grande questão que me faço é: o império financeiro respeitará a vontade do povo grego?. Cuba, somente agora, recebe a promessa de ver suavizada a mão pesada que tenta dobrá-la sem êxito há mais de 55 anos. A grande mídia, como sempre acontece com o que não deseja noticiar, silencia ao máximo. Que mecanismos o império estaria acionando para ainda tentar reverter a derrota iminente?. Como a grande mídia tratará a Grécia na semana que vem se o império for derrotado nas urnas? ou será que repetirão o voto de silêncio adotado em relação à Islândia?. Estou ansioso pra saber.