Os 521 anos do Brasil, o amor ao dinheiro e a índole anticristã daqueles que tem cifrões nos olhos

 

Pequena amostra da maior apreensão de madeira ilegal já feita na história de nosso país. Apreensão feita recentemente pela Polícia Federal e que resultou na denúncia crime contra o dito ministro do meio ambiente

Por Fernando Lobato_Historiador 

Ontem, 22 de abril de 2021, nosso país completou 521 anos de uma história que é contada a partir da chegada e progressiva invasão dessas terras por homens de pele branca e olhos claros com biotipo semelhante aos do hóspede do Planalto e do dito ministro do meio ambiente, Ricardo Salles.

Homens cujos olhos, para além de claros, brilhavam como os do Tio Patinhas, personagem das revistas em quadrinhos, ou seja, com um CIFRÃO bem grande em cada um. Chegaram e invadiram essas terras, portanto, ávidos pela localização de minas de ouro e prata, mas, para sua raiva e descontentamento, por mais que procurassem, nada encontraram até meados do século XVII (ver aqui).

A avidez em querer transformar, rapidamente, os recursos da terra em dinheiro para acumular os fez atentar para a lucratividade de uma árvore de tronco avermelhado que, exposta ao sol, parecia madeira em brasa ou em estado brasil, vindo daí o nome que acabaram dando às terras que invadiram motivados pela cobiça e que, para conquistá-las em definitivo, praticaram o primeiro grande genocídio da nossa história triste e macabra.

 O contraditório disso tudo é que os invasores que praticaram esse genocídio contra os que aqui viviam há milhares de anos, e daqui jamais pensaram em sair, não tinham a intenção de fazer dessas terras o seu lar definitivo, pois nelas não queriam permanecer. O que queriam era aqui enriquecer, pois a terra que amavam não era essa, mas a que estava do outro lado do oceano: a Europa. Era para lá que quase todos sonhavam um dia voltar.

A derrubada frenética de pau-brasil para a fabricação de tinta para o tingimento de tecidos na cor vermelha - a que estava na moda e era a preferida das classes ricas – foi tão intensa que, para o brasileiro de 2021, é quase impossível encontrar um exemplar da Ibirapitanga na natureza, nome dado a àrvore pelos brasileiros originais, os que aqui sempre viveram e que nunca deixaram de amar essas terras (ver aqui).

O Brasil, portanto, praticamente extinguiu a árvore que lhe dá o nome porque, acima do interesse histórico, cultural, humano ou qualquer outro, está a ambição de lucro daqueles que continuam nos explorando de forma impiedosa e cruel. A apreensão recente da maior carga de madeira ilegal de toda nossa história comprova que essa devastação criminosa continua a todo vapor (ver aqui)

O Brasil, no dizer de Luiz Antonil (ver aqui), era o purgatório dos brancos e o inferno dos brasileiros originais e dos africanos selvagemente trazidos com o fim de fazer essas terras jorrarem dinheiro. Era com o sacrifício das vidas dos brasileiros originais e dos africanos que os brancos acumulavam riquezas para uma volta triunfal ao "paraíso" de onde vieram, ou seja, para a Europa que até hoje se diz cristã.

O paraíso é o local para onde Jesus disse que ia depois de ser crucificado (Ver Lucas 23:43). Jesus, como está no Novo Testamento, era inimigo declarado dos homens que tinham cifrões nos olhos a ponto de derrubar suas bancas de venda e de expulsá-los do templo (ver aqui). Ele dizia que o objetivo da vida não é o acúmulo de bens materiais, mas de bens espirituais através de uma vida em favor dos outros. Ele, inclusive, disse que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de deus (ver aqui).

O Brasil, como se vê, desenvolveu uma índole ANTICRISTÃ apesar dos muitos milhares de igrejas erguidas em nome de Cristo que estão espalhadas em nosso imenso território. A ética do amor ao próximo aqui não se estabeleceu e muito menos se enraizou. O que aqui se estabeleceu, especialmente entre as classe ricas que nos governam, foi uma ANTIÉTICA, ou seja, o AMOR AO DINHEIRO.

O amor ao dinheiro, conforme diz o Novo Testamento (ver aqui), é a origem de todos os males e foi em nome desse "amor" que, ao longo desses 521 anos,  se devastou e destruiu a nossa fauna e flora e se condenou os que trabalham nesse país a uma vida de sacrifício e penúria apesar da enorme riqueza que geram com seu trabalho. O genocídio também é algo que já faz parte da rotina e poucos se apercebem da sua continuidade ao longo do tempo (ver aqui aqui e aqui).

O genocídio dos dias atuais é mais visível por causa da morte diária de milhares de brasileiros e brasileiras não tanto por conta do vírus da covid-19, mas por conta de um governo que, em vez de amparar e proteger o seu povo, tal como foi feito  nos EUA, na Alemanha e outros países (ver aqui e aqui), prefere empurrar o mesmo para o adoecimento e a morte em nome da "saúde" de uma economia que não pode parar porque os ricos anticristãos de hoje precisam acumular dinheiro para poder gastá-lo em suas viagens pela Europa e outras partes do mundo. O "auxílio emergencial" de fome que está sendo pago é apenas parte dessa estratégia.


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