Quem poderá nos defender?-pergunta a vítima desesperada. Eu! – responde o Chapolim Colorado, herói às avessas da TV, exibindo o seu físico nada atlético ou intimidador. A vítima, desolada com a sua condição de vítima, fica ainda mais desolada quando olha para o tal super-herói que veio em seu socorro. Não tenho dúvida que a grande maioria do povo do Amazonas já deu boas gargalhadas com esse personagem da TV, mas, com certeza, não tem nenhum motivo para rir de uma situação parecida de nossa realidade. Essa situação nos foi revelada com a divulgação do relatório do Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP) acerca da inspeção realizada em novembro de 2009 no Ministério Público Estadual do Amazonas e que ensejou a matéria publicada na página 3 da edição de 03 de julho do jornal Diário do Amazonas.
O Ministério Público do Amazonas, embora muita gente não saiba, é o órgão responsável pela defesa da sociedade amazonense contra todos os que a agridem através da afronta àquela que é a base de sustentação de toda e qualquer coletividade: a lei. É óbvio que, ao falar do império da lei, não quero ocultar o fato de que vivemos numa sociedade profundamente desigual, visto que capitalista, e onde a lei, muitas vezes, funciona como instrumento legalizador da injustiça e, por conseqüência da desarmonia social. Isso é um fato inquestionável como inquestionável também é a nossa necessidade de um contínuo amadurecimento de nossa democracia, visto que ela, a bem da verdade, ainda está engatinhando. Como resultado desse amadurecimento, a sociedade começou a se ver, ainda que de forma pouco nítida, como dona dos recursos que o governo nos confisca, todo santo dia, nas mais diversas e inimagináveis situações.
Sabemos o preço do pão, do café, do leite, da passagem de ônibus porque isso nos é traduzido numa certa quantidade de reais que temos que desembolsar, mas não temos clareza de quanto do nosso suor, expresso em dinheiro, pagamos diariamente ao governo. No final de maio último, entretanto, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) tornou público que, em 2010, cada brasileiro, somente para pagar impostos, destinará 148 dias de seu salário anual. Na prática, isso significa dizer que o governo ficará com pouco menos da metade de tudo o que viermos a ganhar ao longo desse ano. Descobrimos, com essa informação, que somos semi-escravos dessa estrutura que chamamos de estado. Estado esse que, teoricamente, existe para nos proporcionar educação, saúde, segurança, lazer, cultura, informação e todo o restante da infra-estrutura que nos permite sermos chamados de povo civilizado.
Se tivéssemos um padrão de serviços públicos semelhantes ao da Suécia, que cobra 185 dias de trabalho de seus cidadãos, nossa condição de semi-escravos não seria tão ruim assim, mas, no Brasil, não há como não sermos invadidos por um sentimento de revolta quando constatamos o elevado grau de precariedade da maioria dos serviços públicos que nos é prestado. Dentro dessa precariedade, e aqui o fato fica ainda mais lamentável, foi arrolada a capacidade do Ministério Público do Amazonas para fiscalizar a aplicação do dinheiro público por aqueles que o utilizam em nosso nome. Segundo o que diz o relatório do CNMP na matéria do Diário do Amazonas, o MPE não está minimamente aparelhado para combater os ladrões que surrupiam o dinheiro dos semi-escravos desse estado da federação.
Quem poderá nos defender desses ladrões? –pergunta o povo indignado. Eu! - responde o MPE exibindo as fragilidades mostradas pelo CNMP. A semelhança dessa história com a comédia do Chapolim Colorado é evidente, mas de forma alguma pode ser motivo de piada, visto que precisamos, e muito, da ação enérgica do MPE em nossa defesa. Sem ela, o grande capital e o crime organizado fortalecerão, ainda mais, os seus tentáculos dentro da estrutura estatal. Sem ela, estaremos andando na contramão de um mundo melhor para todos e fortalecendo o poder dos bandidos e malfeitores que se nutrem exatamente das nossas fragilidades enquanto organização coletiva. Precisamos de um MPE forte e robusto para fazermos a sociedade amazonense caminhar na direção de uma democracia de verdade e, por conseqüência, de uma realidade mais justa para todos. Que os membros do MPE venham a público falar de suas dificuldades e que nós, o povo, nos mobilizemos para apoiá-los na superação das mesmas.
Defender e fortalecer o MPE é um compromisso do PSOL no Amazonas, sendo, portanto, compromisso desde já assumido pela chapa “POR UM AMAZONAS JUSTO E DEMOCRÁTICO”, que tem LUÍS CARLOS SENA como candidato a governador e este lhes escreve, FERNANDO LOBATO, como vice. Tanto Sena quanto eu, assim como vocês que me lêem, também somos semi-escravos do estado brasileiro na sua dimensão tripartite (União, Estados e Municípios). É hora do povo acordar para essa condição de semi-escravidão e, já que estamos começando a amadurecer como sociedade democrática, temos a chance de excluir da política, já em 2010, boa parte dos políticos que tratam a coisa pública como se fosse um bem particular. Depois que o PT se degenerou enquanto partido, esses bandidos de colarinho branco passaram a promover a tese de que corrupção e desvio de dinheiro público é um mal menor a ser combatido, pois dizem que é prioritário fazer o país crescer. Crescer, obviamente, para que eles possam nos roubar ainda mais.
O Ministério Público do Amazonas, embora muita gente não saiba, é o órgão responsável pela defesa da sociedade amazonense contra todos os que a agridem através da afronta àquela que é a base de sustentação de toda e qualquer coletividade: a lei. É óbvio que, ao falar do império da lei, não quero ocultar o fato de que vivemos numa sociedade profundamente desigual, visto que capitalista, e onde a lei, muitas vezes, funciona como instrumento legalizador da injustiça e, por conseqüência da desarmonia social. Isso é um fato inquestionável como inquestionável também é a nossa necessidade de um contínuo amadurecimento de nossa democracia, visto que ela, a bem da verdade, ainda está engatinhando. Como resultado desse amadurecimento, a sociedade começou a se ver, ainda que de forma pouco nítida, como dona dos recursos que o governo nos confisca, todo santo dia, nas mais diversas e inimagináveis situações.
Sabemos o preço do pão, do café, do leite, da passagem de ônibus porque isso nos é traduzido numa certa quantidade de reais que temos que desembolsar, mas não temos clareza de quanto do nosso suor, expresso em dinheiro, pagamos diariamente ao governo. No final de maio último, entretanto, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) tornou público que, em 2010, cada brasileiro, somente para pagar impostos, destinará 148 dias de seu salário anual. Na prática, isso significa dizer que o governo ficará com pouco menos da metade de tudo o que viermos a ganhar ao longo desse ano. Descobrimos, com essa informação, que somos semi-escravos dessa estrutura que chamamos de estado. Estado esse que, teoricamente, existe para nos proporcionar educação, saúde, segurança, lazer, cultura, informação e todo o restante da infra-estrutura que nos permite sermos chamados de povo civilizado.
Se tivéssemos um padrão de serviços públicos semelhantes ao da Suécia, que cobra 185 dias de trabalho de seus cidadãos, nossa condição de semi-escravos não seria tão ruim assim, mas, no Brasil, não há como não sermos invadidos por um sentimento de revolta quando constatamos o elevado grau de precariedade da maioria dos serviços públicos que nos é prestado. Dentro dessa precariedade, e aqui o fato fica ainda mais lamentável, foi arrolada a capacidade do Ministério Público do Amazonas para fiscalizar a aplicação do dinheiro público por aqueles que o utilizam em nosso nome. Segundo o que diz o relatório do CNMP na matéria do Diário do Amazonas, o MPE não está minimamente aparelhado para combater os ladrões que surrupiam o dinheiro dos semi-escravos desse estado da federação.
Quem poderá nos defender desses ladrões? –pergunta o povo indignado. Eu! - responde o MPE exibindo as fragilidades mostradas pelo CNMP. A semelhança dessa história com a comédia do Chapolim Colorado é evidente, mas de forma alguma pode ser motivo de piada, visto que precisamos, e muito, da ação enérgica do MPE em nossa defesa. Sem ela, o grande capital e o crime organizado fortalecerão, ainda mais, os seus tentáculos dentro da estrutura estatal. Sem ela, estaremos andando na contramão de um mundo melhor para todos e fortalecendo o poder dos bandidos e malfeitores que se nutrem exatamente das nossas fragilidades enquanto organização coletiva. Precisamos de um MPE forte e robusto para fazermos a sociedade amazonense caminhar na direção de uma democracia de verdade e, por conseqüência, de uma realidade mais justa para todos. Que os membros do MPE venham a público falar de suas dificuldades e que nós, o povo, nos mobilizemos para apoiá-los na superação das mesmas.
Defender e fortalecer o MPE é um compromisso do PSOL no Amazonas, sendo, portanto, compromisso desde já assumido pela chapa “POR UM AMAZONAS JUSTO E DEMOCRÁTICO”, que tem LUÍS CARLOS SENA como candidato a governador e este lhes escreve, FERNANDO LOBATO, como vice. Tanto Sena quanto eu, assim como vocês que me lêem, também somos semi-escravos do estado brasileiro na sua dimensão tripartite (União, Estados e Municípios). É hora do povo acordar para essa condição de semi-escravidão e, já que estamos começando a amadurecer como sociedade democrática, temos a chance de excluir da política, já em 2010, boa parte dos políticos que tratam a coisa pública como se fosse um bem particular. Depois que o PT se degenerou enquanto partido, esses bandidos de colarinho branco passaram a promover a tese de que corrupção e desvio de dinheiro público é um mal menor a ser combatido, pois dizem que é prioritário fazer o país crescer. Crescer, obviamente, para que eles possam nos roubar ainda mais.
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