Quando Obama anunciou a morte do Osama e afirmou que o mundo ficara mais seguro vi o céu, de repente, se encher de nuvens negras. Não foi transe nem visão mediúnica, mas tão somente a sensação de que coisa boa não vem no horizonte. Tive essa mesma sensação no dia 11 de setembro de 2001 quando olhava para as imagens que sistematicamente eram transmitidas pela TV. Na época, “minha barba ficou de molho” com a versão de que terroristas islâmicos haviam executado aquela mega-operação. Mas de uma coisa não tinha dúvida: o tio Sam movimentaria sua máquina de guerra e mais cedo ou mais tarde estaria no Iraque.
Depois da invasão do país de Sadam e da evidência cada vez maior de que as tais armas de destruição em massa jamais seriam encontradas, o mundo começou a perceber que fora vítima de uma armação ianque para justificar ações imperialistas. À revelia da armação revelada, a guerra contra o terror continuou servindo de justificação para a presença militar no Iraque e essa foi a tônica dos dois mandatos de Bush filho à frente da presidência americana. Obama o sucedeu prometendo ser bem diferente, mas, conforme o seu mandato avança, vai se assemelhando com ele cada vez mais.
A promessa de redução dos efetivos militares no Afeganistão e no Iraque não se cumpriu e, pelo visto, não se cumprirá. Para além da elevação dos índices de aprovação de Obama, a divulgação da suposta morte de Osama pode também objetivar mais uma prorrogação da permanência militar no Iraque, visto que, no final desse ano, está prevista uma grande retirada de tropas. Junto com a falácia de um mundo mais seguro sem BIN LADEN é bem possível que se esteja promovendo a necessidade de um mundo sob maior “proteção” dos EUA. Na Líbia isso já se concretizou e, pelo andar da carruagem, um amplo plano está em marcha para controlar os regimes que vão surgir no norte africano.
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