Quem
vê
cara
não
vê
coração
porque
a
maldade
usa
sempre
a
face
que
mais
lhe
favorece.
Quem
vê
o
lucro
como
motor
do
capitalismo
vê
a
face
visível
do
sistema,
mas,
tal
como
quem
olha
um
iceberg,
não
vê
o
que
está
oculto,
ou
seja,
a
face
política
que
as
incertezas
sobre
o
lucro
futuro
lhe
forçam
a
manter
para
além
da
dita
economia
de
mercado.
E
é
essa
incerteza
que
está
por
detrás
dos
mais
variados
esquemas
de
captura
de
governos
por
aqueles
que
muito
tem
a
lucrar
ou
a
perder.
Foi
assim
na
Inglaterra
do
início
da
Revolução
Industrial
e
é
assim
no
Brasil
e
na
Manaus
dos
últimos
dois
séculos.
Em
terras
tupiniquins,
incluída
a
que
outrora
foi
de
Ajuricaba,
o
quadro
é
excessivamente
dantesco
por
conta
das
relações
que
unem
os
barões
do
capital
aos
"abutres"
locais
sempre
dispostos
a
lhes
dar
as
certezas
desejadas.
E,
para
nossa
desgraça,
é
no
epicentro
dessas
relações
que
muitas
carreiras
políticas
se
tornam
promissoras.
As
provas
do
que
falo
jorram,
diariamente,
nas
manchetes
dos
jornais
mesmo
quando
o
assunto
não
é
o
Cachoeira.
Mas
já
que
citamos
a
palavra
"cachoeira",
não
custa
falar
da
água
que
forma
70%
do
corpo
humano
e
que,
em
Manaus,
dificilmente
aparece
nas
torneiras
de
boa
parte
da
população.
Água
que
nosso
privatizante
prefeito,
vendeu
a
uma
empresa
francesa
que,
incerta
de
seus lucros,
revendeu-a
empresários
brasileiros.
E
assim,
vendeu-se
um
conto
de
fada
que
dizia
que
água
jorraria
fartamente
em
torneiras
manauras
e,
graças
à
eficiência
de
gestão
do
setor
privado,
elevados
investimentos
seriam
feitos
na
expansão
da
distribuição
e
em
saneamento
básico.
Décadas
depois,
quando
o
conto
de
fadas
neoliberal
já
não
convence
muita
gente,
nosso
privatizante
prefeito
insiste
em
repetir
o
conto
mudando
apenas
o
seu
título,
ou
seja,
de
ÁGUA
DO
AMAZONAS
para
MANAUS
AMBIENTAL.
E
já
que
falamos
em
conto
de
fada
porque
não
abordar
também
a
face
mitológica
de
nosso
privatizante
prefeito
que,
tal
como
Pandora,
não
se
cansa
de
abrir
sua
caixa
de
maldades.
Foi
assim
na
redução
da
meia
passagem
dos
estudantes,
no
aumento
abusivo
da
tarifa
do
transporte
público,
no
aumento
do
IPTU,
da
taxa
de
água,
da
taxa
de
esgoto,
ou
seja,
do
serviço
que
é
cobrado
e
não
é
prestado
e
por
aí
vai.
E
fiel
a
sua
saga
privatista,
nosso
prefeito
privatizante
também
quer
deixar
a
coleta
e
o
tratamento
do
lixo
em
mãos
privadas
por
mais
30
anos
,
ou
seja,
para
além
da
privada
e
esgoto
que
correm
a
céu
aberto
para
nossos
belos
e
majestosos
rios
– cada
vez
mais
maltratados
pela
sujeira
de
nossos
hábitos
urbanos-
corremos
também
o
sério
risco
de
ficarmos
progressivamente
sitiados
pelo
lixo
que
não será recolhido
em
face
da
eficiência
privada
em
garantir
a
certeza
sobre
os
lucros
que
as
leis
de
mercado
– quando
corretamente
observadas
– tornam
incertos.
Até
quando
Senhor?
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