O ID, O EGO e o anúncio do casamento da Marina

Marina aceitou casar com Eduardo por puro interesse e seu ID, no anúncio do casório, a traiu de forma evidente. O EGO de Campos, por sua vez, ficou com tempo de sobra - até 30 de junho de 2014 - para avaliar se sobe ou não ao altar. Marina ainda pode ser deixada no altar por causa de Dilma. Se isso ocorrer, a atual presidenta passará a se chamar Dona Dilma e seus dois maridos (TEMER e CAMPOS)
Por Fernando Lobato_Historiador

O ID ou inconsciente, diz Freud e o Wikipédia, é a parte do ser psíquico que não conhece inibição por estar desconectado da realidade. Quando fala, fala daquilo que vê e percebe diretamente, ou seja, sem maquiagem ou adaptações. O ID é assim porque ignora o superego, ou seja, aquilo que a sociedade quer ou deseja ouvir, ainda que por pura hipocrisia. Eis o que explica a troca de palavras de Marina Silva quando anunciava seu casório com Eduardo Campos do PSB. Seu ID lhe disse que sua pretensa união é PRAGMÁTICA, mas o superego, puxando-lhe a orelha, mandou que utilizasse a palavra PROGRAMÁTICA.
Meu ID, diante do ato falho de Marina, também se manifestou e produziu uma sonora gargalhada quando a notícia estava sendo veiculada. Alguns em volta, em face da estridência, me olharam de forma esquisita e, por questão de educação, baixei a quase zero o volume da gargalhada. Meu ID reagiu assim em face da evidente trapalhada que Marina estava cometendo e as trapalhadas, é fato, o acionam quase automaticamente. Finda a gargalhada, lembrei-me de uma matéria da Revista “ISTO É” que disse de Marina o seguinte: BOA DE VOTO E RUIM DE POLÍTICA.
Essa inabilidade, no meu entendimento, tem relação com as limitações do EGO de Marina. O EGO é aquele que reprime o ID em função de uma avaliação situacional. É aquele que negocia com a realidade, ou seja, com o superego, para atingir seus fins pessoais. Marina, ao se unir a Campos, avalia estar fazendo a melhor escolha visando o seu fim – O PLANALTO – e, por conta disso, já disse Maquiavel, faz uso dos meios disponíveis, ainda que antiéticos. Marina, tá na cara, quer a cabeça de chapa do PSB em 2014 e Campos, pelo que tudo indica, ficará feliz com a condição de vice se Marina se mostrar favorita diante de Dilma.
O grande problema da escolha de Marina diz respeito ao risco. Campos, hoje, adoraria ser o vice de Dilma e só se rebelou porque o PMDB fechou o seu caminho. Campos é um cacique político da nova geração e não representa a nova política pregada pelo partido que Marina quer registrar no TSE. Campos tem o PSB na mão e Marina, quando se filiou, virou sua refém. Campos tem agora a faca e o queijo na mão e, caso Marina se mostre uma adversária difícil, pode fazer o PMDB lhe oferecer a vaga de vice com Dilma. Marina quer enfrentar Dilma, não há dúvida, mas tinha, diante de si, opções mais tranquilas e confortáveis que o PSB. Para Marina só restou a opção de REZAR MUITO para que as coisas caminhem do jeito que espera. Menos mal que, sendo evangélica, sabe fazer isso muito bem. 


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