A Ditadura Militar, através de uma música, fanfarronava que este era um país que ia pra frente porque crescia sem parar. Lula, quando chegou ao poder, começou a fanfarronar um tal espetáculo do crescimento que nunca ocorreu. Para celebrar o tal "espetáculo" do crescimento e a força de nosso futebol, trouxe a Copa 2014 para o Brasil.
Por Fernando Lobato_Historiador
Os
preparativos para a Copa 2014 já estão, diria o Prefeito Odorico Paraguassú,
NOS FINALMENTES. As 32 seleções já estão classificadas, os estádios estão quase
todos prontos e o sorteio dos grupos está marcado para 08 de dezembro. A Copa
no Brasil é a 2ª consecutiva num país considerado emergente. Em 2018, será a
vez de outro emergente, a Rússia, sediar o mundial. Na África do Sul, a
“emergência” do país foi vista, sobretudo, na precariedade da infraestrutura
pública disponível à população sul-africana. Escolas públicas precárias
contrastavam com os designs arrojados e modernos dos estádios padrão FIFA. No
Brasil, as manifestações de junho de 2013 já anteciparam a denúncia da
repetição desse mesmo cenário. Quando o Brasil conquistou o direito de sediar a
copa, ainda havia a crença de que a mesma seria UM MOMENTO DE CELEBRAÇÃO DO
ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO DA ERA PETÊ!
O tal
espetáculo do crescimento ficou somente na fanfarronice do ex-presidente, mas a
responsa e os gastos de sediar uma copa continuaram reais. A troco de quê vamos
aumentar ainda mais a nossa já elevadíssima dívida pública? Segundo Eddie Cottle, autor de um
livro sobre o “legado” da Copa na África do Sul (ver aqui), nosso saldo serão
dívidas e aumento do desemprego. Se sim ou não, o certo é que, em 2014, o mundo
verá um país que vivencia não um espetáculo de crescimento, mas uma marolinha bem
mixuruca no aumento do PIB. Lula usou essa expressão para ironizar o impacto da
crise internacional sobre a economia brasileira, mas é ela que agora ilustra as
“ondas” do crescimento brasileiro. O mundo que verá o Brasil em 2014 também não
verá um “país que vai ficando rico erradicando a sua pobreza”. Essa, aliás, é
outra grande fanfarronice do petismo.
O Brasil ainda
olha no horizonte a eliminação da miséria extrema e o slogan de Dilma falando
que “país rico é país sem pobreza” soa demagógico demais. Um país rico é, com
certeza, um país sem pobreza e a grande pobreza do modo petista de governar é a
sua falta de compromisso e de coragem para propor as reformas que o país
realmente necessita (Reforma Agrária, Tributária, Política e outras). Como padece
de extrema pobreza de coragem, continua apostando na velha e surrada política
do PÃO E DO CIRCO para permanecer no poder.
Grande parcela do povo, em junho de 2013, demonstrou ter cansado tanto
do circo quanto da palhaçada, mas, somente em junho de 2014, saberemos se o
gigante acordou de verdade ou se o que vimos foi apenas uma crise de
sonambulismo.
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