o menino, o homem e o broto*



Creio que aquilo que faz o ser humano divino é a capacidade de amar. A grandeza de Jesus está no pioneirismo de tentar  mudar a História do Mundo tentando mudar a prioridade que o mundo estabeleceu.

Por Fernando Lobato_Historiador

Um menino nos nasceu, um filho se nos deu e a soberania repousou em seus ombros. Foi o soberano da capacidade de amar e sentir o coração daquele que a tudo criou e deu vida.

Ele tinha o dom de falar tanto a língua dos homens quanto a língua dos anjos, mas, se não tivesse amor dentro de si, teria sido como o som que ninguém ouve.

Ele conhecia os segredos do universo e tinha uma fé capaz de mover montanhas, mas, se não tivesse amor dentro de si, teria sido como a chuva que não molha.

Ele fazia o bem a todos os que o procuravam, sem nenhuma distinção de cultura, credo, raça, ideologia ou condição social, e tinha o poder de multiplicar pães e peixes e de transformar água em vinho nobre, mas, se não tivesse amor dentro de si, teria sido mais um que passou por esse mundo.

O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana e nem se enche de soberba. O amor não se conduz inconvenientemente, não procura o próprio interesse, não se exaspera, nem se ressente do mal.

O amor também não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade pura e cristalina.

O menino que nos foi dado cresceu e se tornou homem para nos falar de forma franca, aberta, honesta e, sobretudo, sábia e, quando aquilo a demonstrar era por demais complexo e profundo, construía parábolas para que se tornasse algo simples e de fácil entendimento.

Fez tudo isso porque era o soberano do amor e foi em face dessa soberania que se tornou glorioso e grandioso tanto entre os grandes quanto entre os pequenos que já pisaram esta Terra.

Tudo sofreu em nome da verdade que pregava e que vivia de forma plena. Tudo esperou de nós e tudo suportou para tentar nos convencer da prioridade que devemos dar ao crescimento do broto do amor que está dentro de todos nós.

Os homens, porém, fiéis a crença de que poder, dinheiro e status social estão acima de tudo o mais, o rejeitaram e o crucificaram como herege, impostor e perturbador da “paz” social.

Tempo depois de sua crucificação, outros disseram que tudo se deu conforme a vontade daquele que o enviou e, dessa forma, o crucificaram uma segunda vez em nome da prioridade equivocada que continuaram a manter e que permanece mantida até os dias de hoje.

Apesar de tudo, ao aceitar humildemente o sacrifício injusto, eternizou a lembrança da prioridade que continuamos precisando priorizar.

Que a partir deste Natal possamos manter acesa dentro de nós a lembrança que o menino e depois homem Jesus nos deixou de herança, ou seja, que priorizemos o crescimento do broto divino que todos temos dentro de nós.

UM FELIZ NATAL PARA TODOS!!!

* análise-reflexão construída com base nas seguintes passagens bíblicas: Isaías 9:6, I Coríntios 13 e  I Coríntios 2:8

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