Braga e Hissa possuem semelhanças entre si que vão muito além do aspecto físico. Saiba o motivo nesse post.
Por Fernando Lobato_Historiador
Outro ditado
popular nos diz que se Maomé não vai à montanha, a montanha vai até Maomé. Esse ditado serve para definir a opção do PPS
de Hissa Abrãao pela aliança com Braga em 2014. Braga, na condição de Maomé do
PPS em 2002, acabou eleito governador com o apoio de Amazonino. Naquela ocasião, derrotou Gilberto Mestrinho usando
o marketing de político jovem com idéias inovadoras. No poder, apresentou muito
pouca inovação e muito de continuísmo com as velhas práticas da política baré,
ou seja, foi o novo que envelheceu muito precocemente.
Braga saiu do
PPS para não mais voltar, ou seja, largou e se esqueceu da montanha que lhe
elevou até o cume do poder no Amazonas. E foi também no PPS que, em 2010, outro
jovem político disputou o governo do estado propagandeando juventude e idéias
inovadoras e, por conta disso, foi bem votado e despertou a simpatia de eleitores
ávidos por caras novas no cenário político. Desde então virou um fanfarrão. Em
2012, fanfarronou o tempo todo que seria candidato a prefeito, participando,
inclusive, da convenção que o declarou como tal, mas, dias depois, selou
aliança com Arthur Neto.
Quem acreditou que Hissa estava comprometido com
o enfrentamento da oligarquia local ficou desapontado. Ele não
apenas renunciou à candidatura a prefeito como passou a participar do jogo da
politicalha tradicional. Já como vice de Arthur, continuou fanfarronando que nada
lhe tiraria da disputa ao governo em 2014. Mais uma vez não cumpriu a promessa
e, ao aliar-se a Braga, fez com que o PPS fosse até seu Maomé de 2002. As
questões programáticas foram completamente ignoradas e o que prevaleceu foi o
interesse particular do jovem político que, tal como Braga, parece padecer de envelhecimento muito precoce.
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