as brigas de mentirinha, a isca no anzol e o peixe que precisa escapar

Lembra dessa turma?. É a turma do TED BOY MARINO, a turma do Telecath. Brigas que visualmente chocavam pela ferocidade dos oponentes em luta, mas que, na verdade, não passava de pura encenação bem calculada. A oligarquia que está no poder há mais de 30 anos conhece bem essa técnica, mas já passou da hora de rompermos com esse faz de conta para abrirmos novas possibilidades e caminhos.

Por Fernando Lobato_Historiador


Uma das táticas que caracteriza a oligarquia no poder há 30 anos no Amazonas é a encenação regular de brigas de mentirinha toda vez que se aproxima uma eleição. Em 2002, Braga brigou com Mestrinho e, com o apoio de Amazonino, venceu a disputa para o governo. Em 2006, a briga encenada foi de Braga com Amazonino, seu apoiador de 2002, desta vez com o apoio do seu “rival” de 2002, Mestrinho. Em 2010, Braga apoiou Omar, seu vice que assumiu o governo, contra Alfredo, que encenou estar rompido com os dois. Em 2014, a briga encenada é de Melo e Braga. Um tem o apoio de Omar e o outro de Amazonino, mas, depois de outubro, todos estarão juntos de novo rindo e se divertindo de mais uma peça encenada. A tática é velha e surrada, mas, pelo andar da carruagem, para nossa infelicidade, parece estar dando certo de novo.
Dando crédito às pesquisas até aqui divulgadas, Braga aparece disparado na frente e tendendo a vencer a peleja já no 1º Turno. Bem atrás aparece Melo, com cerca de 21%, bem a frente daqueles que poderiam trazer alguma novidade ou transformação, capitaneados por Marcelo Ramos, o que melhor pontua e o que tende a representar uma possível terceira via no cenário artificialmente polarizado pela tática das brigas de mentirinha. A grande massa parece não enxergar a sua condição de peixe na iminência de morder a isca presa no anzol que lhe foi novamente atirado e que lhe capturará e imobilizará por pelo menos mais quatro longos anos. As próprias pesquisas são, por si mesmas, parte da isca desse anzol na medida em que reforçam a tese de que há somente duas opções possíveis, ou seja, de que é inevitável escolher entre o seis e o meia dúzia (entre a cara e a coroa da mesma moeda).  
O tempo eleitoral é demasiado curto para fazer brotar e fazer crescer em larga escala  o gérmen da sabedoria no seio de nosso povo. Todavia, já diz aquela historinha do passarinho que tentava apagar o fogo da floresta com a água que carregava no bico. Provocado a se render, ele justificou continuar fazendo aquilo dizendo que estava fazendo a sua parte. Eu, aqui neste espaço sem holofotes ou grande poder de comunicação com a grande massa, me vejo como o passarinho da historinha acima. O racional seria desistir e cruzar os braços esperando o fim fatídico, mas, lá no fundo de minha consciência, uma voz me manda continuar usando o bico para jogar água na floresta incendiada e sem muitas perspectivas da política amazonense.

       Se você é mais um que entende que devemos continuar  jogando água na floresta em chamas, aumente o coro desta denúncia. Alerte a todos sobre o ardiloso anzol das brigas de mentirinha que roubam a cena e impedem o povo de perceber que há outras opções possíveis. Que é possível trilhar novos caminhos se a maioria não se deixar capturar feito peixe. Comece, portanto, reproduzindo esta postagem para o maior número possível de pessoas. Quem sabe ainda dá tempo de salvarmos os próximos 4 anos no Amazonas.

Comentários

  1. o problema das brigas de mentirinha é que tem muita gente que adora pegar uma ponta com um lado e outro nessa época, por isso sempre polariza entre os donos do Poder. As pessoas preferem acreditar na farsa que na alternativa de mudanças

    ResponderExcluir

Postar um comentário