Quando era
menino, já diz o apóstolo Paulo em I Coríntios 13:10, sentia e pensava como
menino. Nessa época, via a noite de Natal com animação e ansiedade porque nela
Papai Noel deixaria um brinquedo para alegrar o dia 25 e os seguintes. Embora fosse
membro de uma família católica, só vinculava essa data a Jesus quando
acompanhava meu avô Basílio na Missa do Galo, um compromisso que ele jamais
esquecia ou deixava de cumprir. Fora disso, Natal era uma data relacionada a
Papai Noel e o que a tornava interessante era a comilança de coisas diferentes
e a brincadeira sem hora pra acabar.
O tempo passou
e hoje sou um homem que já não sente e pensa como aquele menino. Depois que se
amadurece e descobre o valor dos bens espirituais, passamos a valorizar mais
Jesus e menos Papai Noel. Particularmente, continuo dando pouco valor às
Igrejas que dizem falar e pregar em seu nome. Gosto de Jesus não por causa
delas, mas apesar delas. Gosto do Jesus que vejo no Novo Testamento, ou seja,
um homem simples, extremamente humilde e de uma grandeza de espírito impactante
e, sobretudo, incômoda para aqueles que detinham poder e autoridade sobre os
homens e mulheres comuns de sua época.
O Natal é, na
interpretação que aceito, a celebração da possibilidade de um mundo justo,
fraterno e feliz para todos. Aquele menino anunciado por Isaías como
maravilhoso conselheiro e príncipe da paz não era importante porque iria nascer
para ser crucificado e levar sobre si os pecados da humanidade. Aquele menino
era importante pelo que Deus poderia ensinar e revelar através dele. O mundo,
todavia, o rejeitou e, ao final, o crucificou como vilão. O Natal, porém, é o
momento para lembrar que existe um menino Jesus dentro de cada um de nós e que
todos, se quisermos, podemos fazer uma história com final feliz.
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