A popularidade de Dilma está em sintonia com o novo visual da presidente: bem mais magra! |
Por Fernando Lobato_Historiador
A popularidade
de Dilma no
início do segundo mandato está em sintonia com o novo visual da presidente: bem mais magra! E essa magreza de credibilidade assanha o PSDB e seu principal aliado
desde FHC, o DEM, a ir pra cima com o fim de encurralá-la no octógono da
política nacional.
Motivos
para bater em Dilma não faltam em face das medidas que penalizam os que ralam
todo santo dia (reajuste da tabela do IR em 4,5%, aumento da energia elétrica,
da gasolina, etc). Dilma segue governando muito mais ao modo tucano para não se
indispor com a nossa elite que, conforme estatística de 2014 (ver matéria), já
é a 10ª do mundo em número de multimilionários.
O imposto
sobre grandes fortunas (IGF), que pode ampliar em muito a receita tributária,
continua sem ser cobrado porque o Projeto de Lei Complementar apresentado pelo
PSOL em 2008 (ver aqui) continua em marcha lentíssima no Congresso Nacional e, a julgar pelo perfil da
maioria dos eleitos em 2014, a marcha pode ficar ainda mais lenta.
A agressividade
tucana tem muito haver com o faro do lutador ao perceber o adversário
vulnerável depois de um golpe. No canto do “octógono”, Dilma e o PT se mostram cambaleantes
e ansiosos pelo gongo que anuncia o fim do round, pois é necessário respirar e
tomar fôlego.
Destacando
que FHC não combateu o mal feito na PETROBRÁS quando era presidente e que ela
hoje o faz, Dilma parece querer iniciar uma reação. Pela sua cabeça passa o
seguinte: a canela do PSDB não é mais forte que a do Anderson Silva e, se eles
baterem muito forte, a deles se quebra em vários pedaços.
Dilma,
portanto, parece disposta a encarar as caneladas como meio de fuga do canto do “octógono”.
De fato, a canela dos tucanos é fraca e pode mesmo se quebrar se o chute for muito
forte. Esse, aliás, foi o motivo pelo qual não bateram forte em Lula quando o mensalão
veio a tona em 2004.
Há,
todavia, um dilema que perturba os tucanos: a canelada fraca contra Lula o fez tomar fôlego para depois reagir
e, ao final, ficar ainda mais forte politicamente. Bater fraco e correr o risco
de perder de novo em 2018 ou assumir desde já o risco de bater forte para
tentar ganhar logo a luta e impedir a volta de Lula?
O
engajamento dos tucanos no coro do impeachment de Dilma nos dirá qual foi a decisão tomada.
Se for fraca, significará o reconhecimento da fragilidade de sua canela para
bater mais forte e a opção pela postura até aqui mantida. Se for forte,
significará que decidiram partir pro tudo ou nada, ou seja, assumiram o risco
do vai ou racha, ou melhor, do vai ou quebra.
A vida real não é novela, mas também é feita de
capítulos e é necessário esperar os próximos para saber pra onde vai o trem da
nossa História.
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