Por Fernando Lobato_Historiador
Ano eleitoral
é tempo sujeito à tempestades de demagogia barata e trovoadas de fanfarronice
explícita como a que tem feito o prefeito Arthur Neto quando o
assunto é o aumento da tarifa de ônibus da cidade. Arthur tem dito diante dos
holofotes da mídia que, de forma alguma, assinará decreto aumentando a tarifa em
2016 e que, se preciso for, descumprirá até mesmo ordem judicial o obrigando a isso, ou seja,
aceita ir até pra cadeia para que a população que paga uma das mais
altas tarifas do país não seja ainda mais prejudicada. O problema é que
essa encenação de Arthur não condiz com sua postura em anos anteriores, ou
seja, quando não estava em jogo a sua reeleição. Nesses, agiu como um tucano
tradicional, ou seja, atendendo ao empresariado prontamente.
Arthur foi também protagonista, junto com Omar Aziz, no acordo que manteve a tarifa nos R$ 3,25
atuais, sendo R$ 3,00 pagos pelo usuário e R$ 0, 25 com subsídios que todos
pagamos de forma indireta.O acordo foi outra encenação produzida para criar a
ilusão de que a tarifa foi reduzida de R$ 3,25 para 3,00 quando da pressão
vinda das ruas em 2013. A verdade é que ela nunca baixou porque a diferença não
veio da redução do lucro do empresariado, mas do bolso da população. Em 2016, Arthur
faz nova fanfarrice apostando na leseira da população, pois, se reeleito, vai
compensar o empresariado com muitos bônus extras pelo não aumento esse ano e o
que é pior: sem deixar de continuar pagando subsídios com o nosso dinheiro suado.
Arthur é o nome do rei que, reza a lenda, era justo, honesto e honrado, mas o
Arthur Neto de Manaus, se quisermos dar-lhe o título de rei, será o de REI DA
FANFARRONICE EXPLÍCITA.
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