Por Fernando Lobato_Historiador
Não se tem parâmetros científicos para se afirmar que o Deputado Pauderney Avelino, DEM-AM, é o mais corrupto entre os corruptos da Câmara Federal. Quem lhe deu esse título foi o delator Sérgio Machado, no áudio com o Senador Romero Jucá, um dos mais enrolados na Lava-jato. Todavia, mesmo sem nenhuma metodologia científica, é 100% seguro afirmar que o Legislativo é o mais corrompido dos poderes da República, bem como o maior responsável pelo mar de corrupção vigente. Na grande maioria dos casos, vereadores, deputados e senadores gastam fortunas nas campanhas com um único objetivo em mente: "lucrar" muito no exercício do mandato. Embora não movimentem verbas diretamente, visto que a chave do cofre fica com o chefe do Executivo, negociam com ele o voto em matérias que este considera cruciais e estratégicas, casos da emenda da reeleição de FHC, do Mensalão do PSDB em Minas, do Mensalão do DEM em Brasília na gestão Arruda e do mensalão do PT na 1ª gestão de Lula. Para além disso, negociam também o encaminhamento e a aprovação de matérias de interesse das grandes corporações econômicas ou a liberação de verbas para obras e projetos de grande envergadura, caso que se verifica, por exemplo, no escândalo do Petrolão.
Afora tudo isso, pesa ainda contra o Legislativo o fato do mesmo ser aquele que tem o dever de fiscalizar o uso da verba pública. Além de não cumprir seu papel, ainda costuma fazer conluio com o Executivo para que este desvie, reparta o bolo e, depois disso, aprove a prestação de contas deste num clima de completa confraternização mafiosa. A Lava-jato começou puxando o fio da corrupção exposto no Executivo, mas, quanto mais se puxa o mesmo, percebe-se que ele se espraia pelo Legislativo, onde as presidências da Câmara e do Senado possuem papéis estratégicos no esquema. Cunha e Calheiros, ambos do PMDB, não ocupam esses cargos à toa e é isso que explica a angústia deles e de aliados na busca de mecanismos que barrem o curso da Lava-jato. Quanto a isso, não há mais dúvida, está claro como água límpida, mas o que precisa ser esclarecido ainda é o nível de envolvimento do Judiciário nesse esquema sórdido. O pedido de Janot que foi negado hoje por Teori acende o sinal amarelo da desconfiança de que a impunidade continuará perdurando. A lavagem a jato do Brasil passa, portanto, por todos os poderes, mas o jato mais forte deve ser centrado no Legislativo, o mais corrompido de todos.
E a Conselheira que votou pelo cancelamento da multa do processo do corrupto e golpista Pauderney Avelino que desviou através de alugueis superfaturados da educação de Manaus?Cabe uma investigação,também,não?Vamos,meu povo,vamos cobrar e fazer esse cretino pagar tudo que roubou da nossa educação!
ResponderExcluir30/03/2016 18h01 - Atualizado em 30/03/2016 18h01
TCE-AM cancela multa de R$ 4,6 milhões de líder do DEM na Câmara
Quantia é referente à época em que Pauderney foi titular da Semed.