Por Fernando Lobato_Historiador
Janot acusa
Temer de três crimes: corrupção passiva,
obstrução da justiça e formação de quadrilha. O áudio de Temer com Joesley
da JBS e depois o flagra no seu homem de confiança, onde assistimos um Loures
cheio de ritual e cuidados para pegar uma mala entupida de dinheiro, fato que demonstrou
sua experiência na função, não deixou a menor dúvida sobre o primeiro deles. Quanto
ao segundo, cuja denúncia Janot ainda rascunha, podemos tranquilamente afirmar
que está se materializando uma segunda vez com a maratona de reuniões de Temer com
deputados que decidirão o seu destino, bem como nos encontros furtivos que
regularmente tem com Gilmar Mendes. Além de chantagens, pois a queda de Temer
dificulta a vida de muitos, promessas e mais promessas de vantagens indevidas
estão sendo oferecidas aos “sensíveis” à oratória nada republicana de um
presidente que lhes pede que relativizem as Eleições 2018 e se concentrem
apenas no hoje e no agora. Temer, vejam só, TEME se unir a Cunha, Geddel e outros
fraternos amigos que já estão no xilindró, fato que o apavora apesar das
evidências de reiterada reincidência nas práticas de que é acusado, bastando
lembrar da série de denúncias que pesam contra ele desde a época em que era um
mero deputado da bancada paulista (ver aqui).
Temer, como a
maioria dos canalhas profissionais que abundam nossa politicalha, além da
convicção de presidir um país de desmemoriados, aposta também numa possível cegueira
e imbecilidade geral dos brasileiros, visto que insiste na tese de que tudo o
que assistimos não passa de ilusão de ótica, ou, como diz a sua defesa, pura ficção
(ver aqui). Temer insiste em dizer que é a Virgem Maria apesar da suruba rotineira
ao seu redor, fato lembrado num ato
falho de Romero Jucá, o mais experiente de seus generais na guerra contra a
Lava-jato e aquele que, sem saber que estava sendo gravado, nos revelou o plano para estancar a sangria (ver aqui e aqui). Se Temer vai escapar das denúncias e terminar o mandato não dá ainda
pra cravar com certeza, pois está evidente o apoio explícito e despudorado da
bandidagem que atua no que Miriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e outros
chamam de ECONOMIA, mas que, conforme se vê, não vai muito além de uma
constelação de ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS. Organizações cujos tentáculos fazem
mover uma série de outros tentáculos dentro do estado. A questão que fica é a
seguinte: Continuamos sendo governados por essas organizações criminosas que
operam através das quadrilhas que atuam dentro do estado? Enquanto Temer não
cair e não se fizer uma REFORMA POLÍTICA AMPLA que anule o modus operandi
atual, a resposta continuará sendo SIM!
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