Por Fernando Lobato_Historiador
Após o fim do
circo midiático da Copa do Mundo, montado para desviar nossa atenção dos problemas
concretos do país, entramos no período de lançamento das candidaturas
eleitorais. Além da seleção canarinho, também fracassou a tentativa da DIREITA
GOLPISTA de impor Michel Temer por mais quatro anos no Planalto, visto que,
sendo um peixe estragado demais, ficou difícil embalá-lo para vendê-lo
eleitoralmente (ver aqui). O grande acordo nacional – e também internacional -,
do qual falava Romero Jucá em suas conversas com Sérgio Machado (ver aqui), acabou
vitorioso parcialmente em face da permanência de nosso vampiresco presidente, apesar dos elementos que justificam o seu afastamento, anos luz
mais consistentes que as tais pedaladas fiscais da ex-presidente que tropeçava
nas palavras e na condução do governo, mas que, como ficou claro, não cometeu
nenhum crime de responsabilidade. O grande acordo nacional – e também
internacional – que viabilizou o GOLPE DA DIREITA, iniciado pelo IMPEACHMENT conduzido por um congresso, majoritariamente, corrupto e vendido às grandes
corporações privadas, acabou consumado pelo carimbo e oficialização de um STF que fugiu de sua responsabilidade ao não julgar o mérito da acusação contra Dilma.
O grande
acordo nacional e internacional que produziu o GOLPE DA DIREITA, portanto, avançou e se estabilizou pela batuta de Gilmar
Mendes no julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (ver aqui), quando proferiu
seu voto de ME ENERVA, corrigindo, MINERVA, referência à deusa romana da
sabedoria que, se existe, também ficou P da vida ao ter seu nome
vinculado ao do ministro do STF. O GRANDE ACORDO TRANSNACIONAL, portanto, que a direita,
obviamente, chama de delírio e chororô do PT e da esquerda, se mostrou concreto
e bem real. Depois da estabilização da SOLUÇÃO MICHEL proposta por Romero Jucá,
veio a imediata cobrança da fatura da parte de uma DIREITA sedenta e
apressada, ou seja, a PEC do Teto (para fragilizar o estado diante do setor
privado), a reforma ou liquidação da proteção social prevista nas leis
trabalhistas para garantir maiores lucros e segurança jurídica aos grandes exploradores de mão-de-obra, a reforma da previdência, a ocultação da lista dos exploradores de trabalho escravo (ver aqui) e outras. As duas primeiras, apesar da
rejeição da população e da resistência dos movimentos de esquerda, acabaram
aprovadas e representam um enorme lucro do GOLPISMO. A terceira, a da
Previdência, não avançou porque o calendário ficou próximo demais do momento em
que suas “excelências” precisarão vestir de novo a fantasia de anjo para pedir voto aos
eleitores. Espera-se que essa velha e surrada tática não cole mais uma vez e que os eleitores, de
fato, rejeitem essa canalha na hora de votar e que dê preferência a candidatos com histórico de luta e compromisso com a classe trabalhadora. A eleição para DEPUTADOS e Senadores,
portanto, é muito mais importante que a presidencial, pois é no CONGRESSO que,
de fato, se decide o destino do país e é lá que se escondem, há muito tempo, as piores ratazanas de nossa politicalha.
Muito bom professor..
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