O debate da Band, os postulantes ao Planalto e a candidatura Henrique Meirelles


Por Fernando Lobato_Historiador

Prosseguindo com a análise das candidaturas ao Planalto, falaremos de Henrique MeirellesO ex-presidente mundial do BankBoston (1996-2002) (ver aqui) retornou ao Brasil bem no momento em que Lula divulgava a sua Carta aos Brasileiros, onde acalmava o mercado financeiro para, com isso, diminuir a oposição dos tubarões das finanças a um eventual governo seu, fato que acabou consumado com sua vitória nas eleições de 2002. Para dar segurança aos grandes tubarões das finanças, advinha quem Lula nomeou Presidente do Banco Central em 01 de janeiro de 2003?  Se você disse Henrique Meirelles, acertou em cheio.
O presidente mundial, veja bem! MUNDIAL, de uma das maiores corporações privadas do mundo das finanças, voltou ao Brasil para tomar conta do banco que controla toda a movimentação monetária do país, ou seja, Lula botou uma raposa tomando conta do galinheiro para demonstrar ser verdadeira sua promessa de paz e amor com o grande empresariado. Enquanto Lula criava o Bolsa Família e outros programas que distribuíram um pouquinho da riqueza nacional aos mais pobres, Meirelles, no Banco Central, avalizava políticas para o andar de cima  através do que é chamado de Bolsa Banqueiro e Bolsa Empresário (veraqui).   Nunca dantes na história desse país, conforme Lula gostava de dizer, os banqueiros ganharam tanto dinheiro (ver aqui).
Meirelles entrou no governo Lula, portanto, não para contribuir com o governo e o país, mas para limitar o tom vermelho das políticas de um presidente tido como de esquerda. Meirelles foi pago por banqueiros para estudar na HARVARD BUSSINESS SCHOLL  não para desenvolver fórmulas para melhorar a vida dos mais pobres, mas para encher o bolso dos mais ricos. Eis o que explica, por exemplo, a grande semelhança entre o governo FHC e o primeiro mandato de Lula (2003-2006). Em vez de reformas que modificassem as engrenagens da concentração da riqueza no Brasil, Lula optou por medidas paliativas que ampliaram o crédito e o consumo e melhoraram, um pouco, a média salarial dos trabalhadores, gerando a falsa impressão de que o espetáculo do crescimento que ele anunciara havia chegado (ver aqui).
Um país somente se desenvolve com consistência se a riqueza for de fato desconcentrada do alto da pirâmide social para baixo. É isso que alavanca uma nação, principalmente se houver um investimento pesado na educação pública. Meirelles voltou a cena pública com o impeachment de Dilma para ser o braço direito de Temer na condução e aprovação da EMENDA DO TETO, que congelou os investimentos públicos por 20 anos (ver aqui) e que resultará, inevitavelmente, num sucateamento ainda maior da educação e saúde públicas, bem como da REFORMA TRABALHISTA, que retirou quase todas as garantias consagradas na CLT. Foi, ainda, um dos arquitetos da proposta de REFORMA DA PREVIDÊNCIA que manteve privilégios para uns e que buscou obrigar o trabalhador a morrer sem se aposentar. Meirelles está candidato porque TEMER e o MDB foram escanteados pelo PSDB  de Alckmin, que os quer longe, pelo menos no 1º turno, pra não queimar ainda mais o seu já queimado filme. Meirelles é o principal responsável pelas maldades que Temer praticou nos últimos dois anos.

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