O tapa na face direita, a oferta da face esquerda e a nova chance divina a Bolsonaro



Por Fernando Lobato_Historiador

"Se alguém te bater na face direita, oferece também a esquerda". Foi assim que o o maior dos mestres ensinou o combate ao malfeitor. É uma forma pedagógica para despertar o agressor para o caráter vil de sua conduta. Eis porque não se paga o mal com o mal, mas sim com o bem. Eis porque devemos condenar com veemência o ataque a Bolsonaro.  Apesar de toda a campanha de ódio que tem disseminado, do péssimo exemplo que representa, principalmente para os jovens, pois traz à memória as táticas de Hitler para se promover e chegar ao poder na Alemanha, nada disso justifica a violência que foi praticada contra ele.
Deus deu uma nova chance a Bolsonaro e, com toda a certeza, aquele que é a fonte de toda a vida que há nesse planeta espera que deixe de usar dedinho de criança como simulacro de uma arma empunhada. Ele espera que o trauma sofrido lhe faça ver o mal que está fazendo ao país e que, de forma sincera, se arrependa do que tem feito e comece a desarmar a bomba de ódio e intolerância que armou contra os que o criticam e dificultam a concretização de sua ambição por poder. 
O filho dele, na declaração que deu depois do ataque, demonstrou grande imaturidade e pouquíssima sensibilidade com o pai que agonizava. Disse ele que, em função do ocorrido, o pai será eleito no 1º turno (ver aqui). Ele imagina que o povo é completamente sem discernimento a ponto de eleger alguém apenas porque foi vítima de um ato violento. O povo, por mais que os reacionários usem o percentual de um presidiário nas pesquisas para o desqualificar, sabe muito bem separar o joio do trigo. 
Se quiser merecer o crédito do eleitor, Bolsonaro precisará responder convincentemente perguntas como: O que já fez de grandioso nos seus 30 anos como político para que mereça a confiança da população? Lula, Ciro, Marina, Boulos e outros, independentemente das críticas que mereçam, possuem um passado de luta e serviço como crédito. Bolsonaro tem o quê de crédito para apresentar além da facada sofrida? Se quiser que o povo o coloque no cargo maior do país, precisará responder essa e muitas outras perguntas.
        Sem tais respostas convincentes, de nada valerá se aproveitar da condição de vítima às vésperas da eleição presidencial de 2018. Mesmo com a exposição diária e intensiva na TV como tentativa de sensibilização e convencimento do eleitor, será preciso bem mais que isso para ir além dos votos dos fanáticos que o seguem de forma semelhante a dos que saudavam com a mão em riste o FUHRER da Alemanha de 1933 a 1945 (ver aqui).

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