O segundo turno, a guerra do fascismo contra a democracia e a continuidade do conflito depois do dia 28

           
Por Fernando Lobato_Historiador

      O 2º turno presidencial ocorrerá no próximo dia 28, mas, ganhe quem ganhe, a guerra entre a democracia e o fascismo a serviço do Tio Sam terá uma continuidade ainda mais radicalizada. Se Haddad surpreender e vencer, Bolsonaro e o poderoso conjunto de forças reacionárias que o apoiam, sobretudo do mundo das finanças – pois já contam com o efetivo exercício da presidência pelo  banqueiro Paulo Guedes -, não reconhecerão a legitimidade do processo, fato, inclusive,  já declarado pelo candidato quando pressentia a derrota (ver aqui). Isso foi dito, é claro, antes que se acirrasse a ação de seus “amigos do peito” – todos empresários riquíssimos – na compra de pacotes de fake news difamatórias para elevar, artificialmente, a rejeição de Haddad. Sem esse esquema criminoso, a vitória era difícil, principalmente em face da fragilidade intelectual do fantoche que escolheram para dar continuidade ao governo Temer, incapaz de ir a um confronto direto com o adversário num único debate, pois sua carapuça cairia diante de todos (ver aqui e aqui).
Está claro, portanto, que não estamos mais diante de uma disputa eleitoral e sim de uma guerra declarada do fascismo - a serviço do Tio Sam – contra a democracia, ou seja, contra à livre manifestação nas urnas. Para o fascismo a serviço do Tio Sam, a vontade das urnas deve coincidir – OBRIGATORIAMENTE - com a vontade dos banqueiros e do grande capital. O povo deve votar em Bolsonaro para dar sua permissão à continuidade do Governo Temer, ainda que através de outro fantoche. Deve votar em Bolsonaro para que a Reforma da Previdência seja, enfim, aprovada com as maldades já conhecidas. Deve votar em Bolsonaro para que, através de sua caneta, os grandes abutres do capitalismo possam, enfim, enfiar suas garras na Petrobrás, no Pré-Sal e em outras jóias do patrimônio nacional. Deve votar em Bolsonaro para dar sua permissão, ainda que inconsciente, para apanhar da polícia ou ser preso e torturado quando se manifestar nas ruas depois que souber que foi enganado.
         A guerra entre fascismo e democracia, portanto, está muito longe do fim.  Ganhe quem ganhe, a divisão e o confronto persistirão, mas é melhor que essa guerra continue com o povo tendo Fernando Haddad na presidência, ou seja, com alguém claramente comprometido com as regras da democracia e não com alguém que não terá o menor escrúpulo de apelar para práticas fascistas e criminosas, visto que, na visão dele, a Ditadura Militar era um bom regime. Antes mesmo de sua chegada ao Planalto, seus apoiadores já estão dando mostras do fascismo que pretendem institucionalizar no país (ver aqui). A democracia brasileira, portanto, suspensa desde o golpe de 2016, estará nas mãos de alguém disposto a amordaçá-la e trancafiá-la no porão por tempo indeterminado. Antes da permissão das urnas, portanto, o lobo se veste de cordeiro e faz juras de amor à própria democracia, aos trabalhadores, aos nordestinos, aos gays, aos negros, aos indígenas e a todos os que resistem a lhe dar a permissão nas urnas para devorá-los (ver aqui)

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