O mal costume do macaco, o sonho ditatorial de Bolsonaro e o impeachment necessário



Por Fernando Lobato_Historiador

Não é mais nenhuma novidade dizer que o atual presidente é um lobo que se travestiu de cordeiro para chegar ao Planalto e, graças a isso, conseguiu enganar a muitos desatentos. Todavia, antes disso, não passava de um oportunista que usava o parlamento para construir uma boa vida para si, para os filhos, familiares e amigos próximos, alguns deles milicianos do Rio de Janeiro.  Foi graças aos altos salários do parlamento, bem como às verbas indenizatórias garantidas por leis, muitas delas acintosas com a população pobre e sofrida que paga por elas, que Bolsonaro conseguiu, por exemplo, ter uma bela casa de praia, onde tinha, como caseira e doméstica, uma assistente parlamentar de nome Wal (ver aqui).
E aí você pergunta: Essa assistente não deveria cumprir expediente no gabinete de Bolsonaro? A resposta é sim, mas,  conforme revelado, era usada como doméstica na casa de praia deste, ou seja, o “paladino do combate à corrupção” usava verba pública para pagar serviços particulares, que, por lei, estão proibidos. O fato evidencia que Bolsonaro não costuma respeitar o dinheiro do povo e nem as leis. Enche a boca para acusar o PT e Lula de ladroagem, mas tem um filho envolvido, até o último fio de cabelo, com denúncias de falcatruas quando era deputado da ALE-RJ, sem falar na questionável história do  cheque que foi parar na conta de sua esposa (ver aqui e aqui). É aquela máxima: o macaco costuma olhar para o rabo dos outros e acaba esquecendo que o seu também está sujo.
Apesar de tudo o que já conquistou graças ao suor dos contribuintes, Bolsonaro ainda não está contente, visto já ter deixado claro que tem um objetivo maior: RESTABELECER O REGIME MILITAR DE 1964 para ser um governante ao estilo PINOCHET, ex-ditador do Chile. Ele nem sequer oculta o seu fascínio por PINOCHET e outros ditadores (ver aqui). Sonha ter poder, portanto, para usar o dinheiro público do jeito que quiser, ou seja, sem nenhuma amarra ou controle do Congresso, a quem seu fiel escudeiro, General Heleno, acusou de chantagem contra o EXECUTIVO e recomendou tocar a corneta do FOD**** (ver aqui).
É em atenção ao F**** do general Heleno, que Bolsonaro convocou seus apoiadores para ir às ruas no próximo domingo -15/03- (ver aqui).  Eles e seu apoiadores querem FU*** com o Congresso, com o STF e, portanto, com o resto de DEMOCRACIA que ainda está de pé num Brasil arruinado pelas águas da chuva – que comprovam a nossa tragédia civilizatória, pelo dólar nas alturas, pelo Pibinho de 1,1% em 2019 - que comprova a inutilidade do sacrifício aplicado à população com a PEC do TETO,  com a Reforma Trabalhista e  com a Reforma da Previdência.
Num país à deriva também por conta da chuva de fake news que desinforma e desorienta nosso povo, e a prova maior disto foi a eleição de Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes já disse que a devastação e destruição da Amazônia é culpa dos pobres e não das madeireiras e mineradoras (ver aqui) e que o Brasil está doente porque é sugado pelo salário dos funcionários públicos - a quem chamou de parasitas - e não por causa dos juros da dívida pública, que suga quase metade de tudo que se arrecada e vai direto para os cofres dos grandes bancos (ver aqui).
A mais recente fake news de Guedes, um tempo depois de dizer que acabou a época em que as domésticas brasileiras tiravam férias na Disney (ver aqui), é a de que, com a PEC EMERGENCIAL e com a REFORMA ADMINISTRATIVA, o Brasil, finalmente, vai sair do buraco em que está, pois os investidores privados do mundo inteiro, finalmente, olharão nosso país com olhos “amorosos”, ou seja, ávidos de lucro em função dos salários minguados que poderão pagar aos nossos trabalhadores em face da reforma trabalhista já aprovada.
Guedes, verdade seja dita, não tem nenhuma competência para tirar o país do buraco, isso por conta da ideologia neoliberal que o cega e o impede de enxergar a concretude da realidade brasileira. É, portanto, um esquizofrênico que, assim como Bolsonaro, Weintraub e outros malucos que estão no governo, vê uma realidade paralela que só existe na cabeça deles.
A elite golpista de 2016, que pôs Temer no poder e que atuou ferozmente para eleger Bolsonaro, sabe que a paciência do povo tem limites e que ela já está no fim. O próprio Congresso e o STF que, conforme disse Romero Jucá (ver aqui) fez parte do grande acordo nacional para NEOLIBERALIZAR com mais ênfase a economia brasileira, aos poucos, se dá conta da grande enrascada em que ajudaram a enfiar o país.
     É hora, portanto, de um retorno à racionalidade política e de ações no sentido do fortalecimento e aprofundamento da nossa democracia. Sem isso, nosso país não voltará a ter rumo. E, nesse momento, a construção de um rumo minimamente acordado com nosso povo, exige o IMPEACHMENT de Bolsonaro, que já assumiu que não entende nada de economia (ver aqui). Ele sente o perigo e relembra seu sonho não realizado de ditador ao estilo PINOCHET, instigado, talvez, por Heleno, o general do F****. 

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