O Dia do Trabalhador, o passado e o presente de escravidão e o cinismo dos fascistas

 


Por Fernando Lobato_Historiador

        Ontem, 01 de maio de 2021, comemoramos mais um dia do TRABALHADOR. Dia que existe para lembrar que não há trabalho sem um trabalhador que o realize. Data que nos faz lembrar ainda que, ao longo da História, apesar de responsáveis pela  produção das riquezas que tornam uma sociedade próspera e desenvolvida, os trabalhadores são os que menos são beneficiados pelos frutos do próprio trabalho.

   A História tem sido ingrata e injusta com os trabalhadores porque os governantes e as classes ricas costumam dar grande valor não a eles, mas ao trabalho que realizam. Não por acaso, a ESCRAVIDÃO é uma marca vergonhosa não apenas em nosso passado, mas no passado de toda a humanidade. No Brasil, entretanto, trata-se de uma vergonha muitas vezes maior  porque a escravidão, por aqui, acabou apenas no papel.          

     A escravidão no pais da "ordem e do progresso", criminalizada desde 1888 com a Lei Áurea, ou seja, há quase 132 anos, continua fazendo parte da nossa realidade cruel e desumana (ver aqui aqui aqui e aqui). Ela persiste e continua entre nós por conta das práticas escravocratas de parte da classe empresarial, que, para enriquecer se apropriando do trabalho alheio,  conta com a cumplicidade de governantes, ou seja, de quem  deveria combatê-la.

O hóspede que está no Planalto é, para infelicidade dos trabalhadores brasileiros, mais um cúmplice da escravidão a ocupar a cadeira presidencial (ver aqui), de modo que o ódio que promovem  contra LULA e os partidos de esquerda não é apenas contra eles, mas contra todos os TRABALHADORES, principalmente contra os que cobram o respeito ao que está previsto nas leis. Quem não cumpre o que está nas leis, conforme está nos dicionários, É CRIMINOSO

O cúmplice da escravidão que está no Planalto é conhecido pelas declarações contra os DIREITOS HUMANOS. Engana-se quem acha que tais declarações tem como foco a bandidagem que apela para os direitos humanos quando é presa. O foco desse discurso fascista é contra a lógica de garantir direitos aos trabalhadores. Não por acaso, dentro do projeto dos fascistas, está o fim da justiça do trabalho e dos direitos garantidos aos trabalhadores (ver aqui e aqui).

Os fascistas se identificam com armas, fardas e com a militarização da sociedade não por acaso. Uma sociedade que funciona no modo militar se caracteriza pela obediência de cada um à vontade de quem manda.  No modelo dos fascistas, portanto, ninguém deve se enxergar como trabalhador, mas como soldado, visto que este não tem direitos, apenas o dever da obediência. Eles odeiam a democracia por isso, porque nela há direitos.

Fascistas, portanto, são inimigos dos trabalhadores. Eles buscam negá-los de todas as formas e ontem foram às ruas vestidos de verde e amarelo para tirar de foco os donos do 01 de maio. Criaram até um novo nome para esse dia: "Dia da Liberdade" (ver aqui). Eles defendem intervenção militar e uma ditadura que aprisione e escravize nossa população e chamam isso de liberdade. É MUITO CINISMO E CARA DE PAU!



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