Fernando Lobato_Historiador
Quem não se deixou fascinar pelo fascismo, tal como diz a letra do Engenheiros do Hawai – ver aqui- , ou quem já não sofre do surto psicótico que afetou milhões de brasileiros nas eleições 2018, conhece uma verdade que, de fato, liberta, ou seja, conhece a índole anticristã do atual hóspede do Planalto e das lideranças empresariais e "religiosas" que o apoiam em nome dos seus compromissos com o deus Mamon - o do amor ao dinheiro - (ver aqui).
Para os que seguem Mamon, o falso deus que o bolsonarismo colocou acima de todos os brasileiros, qualquer aberração em nome da viabilização de lucros estratosféricos, tais como a destruição da Amazônia e do Pantanal, deve ser louvada como necessidade para afastar ou tirar de cena a "ameaça comunista ou esquerdista". Basta lembrar que foi com esse tipo de perspectiva que mais de 6 milhões de judeus foram mortos quando um ex-cabo, não um ex-capitão, comandava a Alemanha nazista.
Os adoradores de Mamon, os fascistas, desprezam a vida de todos aqueles que não consideram como humanos, pois a noção de humanidade que reside em suas mentes doentias está restrita aos que possuem bens e riquezas acumuladas, de modo que o cancelamento em massa de CPFs – ver aqui - é sempre um dos nortes da política que empregam quando ocupam o comando do estado, o que explica o "E daí?" para os mortos da COVID-19 – ver aqui - .
O uso rotineiro de bodes expiatórios para polemizar e dividir a sociedade com o fim de disseminar o ódio, a violência e o caos faz parte do modus operandi do fascismo porque, sem os ingredientes que tornam o ambiente social nocivo e degradado, o regime não se sustenta. A maioria dos brasileiros já se convenceu da extrema nocividade do atual hóspede do Planalto, de modo que é isso que alimenta as falas e as posturas do momento.
Ele está convocando seu exército para estar em Brasília e São Paulo no 07 de setembro, Dia da Independência que, quem conhece a História do Brasil, sabe que não foi. O 7 de setembro está sendo encarado como o do Armagedom, dia em que, conforme o livro do Apocalipse, as forças do bem e do mal vão se enfrentar numa batalha decisiva, sendo que os devotos de Mamon, representando o mal, estão predestinados à derrota pelas forças do Deus verdadeiro.
O voto impresso e as ações de Alexandre de Moraes, no STF, e de Luís Roberto Barroso, no TSE, são os bodes expiatórios do momento porque o nosso hóspede do Planalto, apesar de saber que as urnas eletrônicas são confiáveis e seguras, pois se elegeu sete vezes seguidas através delas, necessita colocá-las sob suspeita porque tem consciência de que, sem caixa 2 e sem o apoio de uma blitzkrieg de robôs produzindo fake news, são mínimas as suas chances de vitória na batalha das urnas de 2022.
Moraes e Barroso foram escolhidos como alvo porque se colocaram como pedras no caminho da repetição da tática adotada nas eleições 2018, ou seja, estão levando a frente as investigações e diligências que apuram o uso indiscriminado de fake news e estão buscando cumprir seus papéis como autoridades que te dever com o estado democrático de direito. O bolsonarismo, como movimento fascista, apela para o que sabe fazer melhor: a ameaça e a intimidação.
Eis a razão de ter dito que o futuro lhe reserva três possibilidades: a prisão, a morte ou a vitória – ver aqui. A primeira foi logo refutada, ou porque confia na impunidade de seus crimes ou porque cogita imitar o ex-presidente Alan Garcia do Peru – ver aqui. Esse, talvez, seja o motivo de ter colocado a morte como segunda possibilidade. A terceira possibilidade, a vitória, ou pelo menos a saída da condição acuada em que está, dependerá do número de seguidores que atenderão ao chamado de Mamon no 7 de setembro.
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